Provérbio de Capacete
(Letra: Helbert Santana; Música: Junior Figueiredo)
Ainda com orvalho, o escravo, a cana se veio a roçar.
E moer a touceira rastada no braço, pois assim se fez
Com o azedo que escuma, escorrendo no rosto o suor vem nascer.
Lança ao morro à senzala, um passado sangrado, um quilombo ascendeu.
(2x)
O caldo da cachaça é garapa.
É cultura, a força da cachaça
É da cana, o caldo é garapa
pingo forte que pinga é cachaça
Mói o dente, ói a cana, ói a raiva apurar no caldo a ferver.
Coletivo é força, caminhar só não dá, arapuca cercou.
No seu berço de sangue, cultura retalhada assim se criou
E no passo marcado, cantado de dor na corrente a chiar.
Na aguardente, o suor e a semente bagaceira se viu.
Das gotas destiladas, cabeça amoitar fez assim a ferver.
Com um passo rasteiro pro quilombo guerreiro num esquivo subiu
Nem mais cria do nosso a canção da corrente vem mais entoar
(2x)
O caldo da cachaça é garapa.
E cultura, a força da cachaça
E da cana, o caldo é garapa
pingo forte que pinga é cachaça
Com as costas calejadas cabeças bradadas, para cima rumou
E acima, no alto se fez a muralha, dentre os grupos se viu.
O espírito valente, embriaga os sentidos da árvore do esquecer
E passado é vivido no baque conduzido, dando cria a morrer.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Letra - Provérbio de Capacete
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