segunda-feira, 13 de abril de 2009

Letra - Sujeito Reflexivo

Sujeito Reflexivo
(Letra: Helbert Santana; Música: Junior Figueiredo)

Um povo desdentado por não ter do que rir,
Castigo no dizer que aceitar o seu destino
E com tapa nos olhos, um sentido acua.
Descendência com sangue, há de ver e não rir
E o machado é na lenha e urubu a voar
Esperando a carcaça no chão quente deitar.
E num quarto eu desfaço, língua deita sem dó
Laços feitos mal dados, mais de quarto eu bebi.
Num grito visionário trazido do dizer:
“Quem com o ferro fere, assim tem de sofrer.”

E sem prego na cruz, ninguém tem que pagar
E a sentença do justo é pensar que ele é.
Que por poucos trocados, entregou para ter
Liberdade num dorso, da agonia nos nervos
E na sobra do estrago, pensou em desistir.
Falou seco e dobrado, poeira vai subir.
Na dormência eu larguei minha cabeça para lá
Num batuque virei um estrago de faca.
Deu um grito reboa: “Lazeira, essa é da boa!”
E o couro vai comer no punhal a empunhar.

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